Título Original: The Glass Castle
Título no Brasil: O Castelo de Vidro
Autora: Jeannette Walls
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 368
SINOPSE: O Castelo de Vidro, é um impressionante relato de superação e amor. Neste surpreendente livro de memórias, a famosa jornalista norte-americana Jeannette Walls mostra como conseguiu lidar, até a adolescência, com a excentricidade, a negligência e a falta de dinheiro dos pais. O sonho de Rex, o pai, era construir o "Castelo de Vidro", no deserto.
Durante vinte anos, sempre que alguém perguntava pela sua família, Jeannette Walls mudava de assunto. Nunca contava detalhes do seu passado. Neste livro ela finalmente revela todos os segredos sobre suas origens. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, esta não é uma história triste. Sem qualquer resquício de autopiedade, Jeannette Walls descreve suas aventuras de forma divertida, e seus pais, com profundo carinho e admiração.
OPINIÃO: Sabe aqueles livros que você não cria expectativa alguma antes de lê-lo,o julga (precipitadamente) pela capa e pensa que vai ser só mais um livro de memórias da autora? Isto era o que eu pensei de "O Castelo de Vidro" quando o peguei para ler pela primeira vez na biblioteca da minha escola, no 7º ano. Faz muito tempo que me apaixonei por esta história, é verdade, mas depois disto, já o li , incontáveis vezes. "O Castelo de Vidro" conta a história da autora, que tinha um pai e mãe totalmente "irresponsáveis" , digamos assim. Eles não possuíam emprego e nem casa fixa. Durante o livro, você até se perde ao tentar contar o número de cidades em que a família Walls morou. Rex Walls era um escritor sem sucesso e a mãe, Rose, era uma professora. Eles viviam sem dinheiro, e a renda da família vinha quase toda de bicos realizados por Rex. Apesar de beber, roubar dinheiro da família, e passar dias fora de casa, Rex compreendia os filhos muito bem e embarcava junto com eles na imaginação. Uma das minhas frases preferidas do livro é essa, ele fala para os filhos na noite de Natal:
“Filha, a gente não tem dinheiro para o presente, mas escolhe uma estrela no céu, e fica com ela pra toda a vida.”
Realmente, todas as as vezes que leio o livro, me emociono nesta parte. Durante o livro, você consegue odiar e amar Rex Walls em questão de segundos. Tem momentos em que ele é um pai maravilhoso e atencioso e em outros ele só é mais um bêbado machista. E onde fica a Rose Walls nesta história toda? Nem aí. Isso mesmo, durante o livro todo dá para perceber que ela não liga nem um pouco para os filhos. Com essa situação toda, Jeannette e seus irmãos tiveram que aprender a se virar sozinhos desde muito pequenos. Muitos dizem que esta é uma história de memórias que são até de certa forma, felizes. Mas eu acho e sempre continuarei achando esta história um tanto triste. Leiam esta outra passagem do livro, em que a autora descreve suas experiências na escola:
"Quando as outras garotas entravam e jogavam fora os sacos com os restos do almoço, eu ia catar na lata de lixo. Eu não conseguia me conformar com a maneira como elas jogavam fora toda aquela comida boa: maçãs, ovos cozidos, pacotes de biscoito de amendoim amanteigado, picles, caixinhas de leite, sanduíches de queijo com uma mordida – só porque a menina não gostava dos pedaços de tempero misturados ao queijo. Eu voltava para dentro do banheiro e dava uma conferida nas minhas descobertas deliciosas antes de comer.""O Castelo de Vidro" é um livro quase obrigatório para quem curte ler biografias e memórias. Até quem não gosta deste tipo de leitura, gosta do livro.Vale super a pena ler este precioso livro cheio de lembranças, reviravoltas e mudanças constantes de cidade.
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